Mulheridade Ancestral: Artivismo Preta


Nesta segunda (31) aconteceu no Forte da Capoeira o evento em comemoração ao julho das pretas, uma mistura de cores, vozes, representatividade, negritude, artivismo. Organizado pela Pró-reitoria de Ações Afirmativas em parceria com a reitoria da UNEB, propôs a ser um encontro de mulheres pretas que, com suas diversas expressões de arte antirracista e antimachista, se colocam na luta por uma sociedade pautada em relações de respeito, equidade e justiça.

Os preparativos começam com a recepção da estilista Monica Anjos e sua equipe, em seguida recepção das mulheres que iriam desfilar para ajuste de roupas e produção da maquiagem. No entardecer as apresentações artivistas abrem a programação, com a poesia falada de Adriele do Carmo, a dança do ventre com Renata Oliveira intitulada “Iemanjá é preta”. Em seguida a apresentação de uma poesia autoral com Cleide Bruno; dando continuidade tivemos uma performance de Aline Damascena, a dança como expressão artivista “Negra, Preta sim”. Eva Doce , com sua leveza, a voz que nos encantou, trouxe sua poesia para cena, falou sobre arte preta sendo ela a doce manifestação da mesma. A TamborAAyó com sua força ancestral fez arrepiar, mover todos em um embalo.


E ao som dos tambores, iniciamos o desfile de moda preta da estilista Mônica Anjos. A passarela foi ocupada por 30 mulheres que nos agraciaram com sua beleza, representando a força ancestral, o movimento de mulheres negras que a partir de suas rotinas diárias fortalecem lutas antirracistas.

Corpos artivistas, de movimento, de luta, pela presença, pelo apoio e disponibilidade agradecemos a:
Dayse Lago. Laís Santana. Gih Congê. Ofir Souza. Lúcia Helena Sacramento. Luciana Bispo. Evellem Santos. Natalícia Lima Barbosa. Zilda Paim. Duda Santos. Rute Massena. Taynara Nascimento. Creuza Oliveira. Rosângela Matos. Céres Santos. Rose Neves. Naiara Oliveira. Jussara Santana. Joceneide Cunha. Ângela Nascimento. Samira Soares. Negra Jhô. Denise Assis. Lucy Góes. Alexia Bairon. Érika Francisca de Souza. Ana Rita/Ritinha. Preta de Oxum. Gabriela Sá. Irê Oliveira. Dina Maria Rosário. Lídia Barreto.

No fim, giraram saudando a negritude, os afetos, a majestosa beleza negra, cantando “povoada, quem falou que ando só, nessa terra, nesse chão de meu Deus, sou uma, mas não sou só.” E não somos. Não estávamos. Contamos com o apoio da reitoria da UNEB; a coordenação do Forte da Capoeira, que cede o espaço para realização do evento; Mônica Anjos, estilista que traz sua forma de vestir corpos com arte; Loja Maria Bonita, Boticário de Itaberaba, Bel cosméticos (Pituba) por nos patrocinar com kits de maquiagem; Limiar que contribuiu com o lanche do evento; Baraunartes com seus acessórios lindos que deixou o brilho delas mais forte; Casarão da Diversidade pela indicação da maquiadora Liz Almeida Barbosa e que junto com Iamane Moreira fizeram um trabalho belíssimo de maquiagem; Mara Leite por seu olhar fotográfico. Estendendo também os agradecimentos a: CRDH, PROAD,CEPAIA, ASCOM e TV UNEB que apoia, participa e incentiva nossas ações.

A Pró-reitoria de Ações Afirmativas (PROAF/UNEB) afirma que ações de reparação das desigualdades sociais, de enfrentamento contra o racismo são parte do que acreditamos ser o caminho para uma sociedade que vive a igualdade, equidade, o respeito à vida e o bem viver.

Texto: Cleide Bruno /ASCOM PROAF
Fotos: Danilo Cordeiro/ASCOM UNEB

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